A produção de aço durante a pandemia

A produção de aço durante a pandemia, como muitos devem imaginar, acabou sendo diretamente afetada pela suspensão de atividades no mercado, assim como vários outros nichos que também acabaram sofrendo com isso. Porém, o setor já se recuperou? Como foi o desempenho dessa área do mercado durante todo esse período? Essas respostas já podem ser obtidas, graças a uma pesquisa divulgada pelo Instituto Aço Brasil. Quer descobrir o desempenho da produção de aço durante a pandemia? Então confira os dados no artigo abaixo. Boa leitura!

Início da pandemia foi duro para a indústria do aço

Durante o início do período de crise causado pela COVID-19, a produção de aço acabou sendo tremendamente afetada. As informações divulgadas pelo Instituto Aço Brasil mostram que o cenário, em 2020, foi duro para as empresas do ramo. Segundo os dados apresentados, o Brasil produziu apenas 31 milhões de toneladas durante todo o ano de 2020, o que representou uma diminuição de 4,9% em comparação com o ano de 2019. Isso mostra o quanto a pandemia afetou a economia do país. Um dos motivos que fez com que a produção tenha sido diminuída em número tão expressivo, foi a paralisação do comércio de forma geral, ainda no mês de março. Isso, claro, afetou diretamente o nível de produção do país nesse período. Durante 2020, uma das produções mais afetadas foi a de semiacabados, que registrou uma queda de 11,6% em comparação com o mesmo período de 2019. Durante todo o ano, foram registradas apenas 7,8 milhões de toneladas produzidas. Além disso, outro nicho que acabou sendo muito afetado foi o de produção de laminados, que registrou uma queda de 3,7% durante o ano, produzindo cerca de 21,7 milhões de toneladas durante esse período. Como você deve imaginar, além da diminuição na produção, ocorreu uma retração grande também quando falamos de exportação de material. Muitas das empresas do país encontraram sérias dificuldades para vender seus produtos no auge da pandemia. Segundo o mesmo levantamento, apenas 10,7 milhões de toneladas de aço foram exportadas durante todo o ano. Isso representou uma diminuição de 16,1% em comparação com o ano de 2019, o que mostra o quanto esse setor foi afetado em um primeiro momento. Além disso, por conta da diminuição no nível de exportação, é claro, houve também uma retração muito grande quando analisamos o ponto de vista econômico. O setor lucrou US$ 5,4 bilhões em 2020, registrando números 26,6% abaixo de 2019. Apesar da situação delicada que a indústria do aço se encontrava durante todo o ano de 2020, com a retomada das atividades, o cenário foi retomando a sua força, e, já em 2021, mesmo ainda em pandemia, o contexto já se alterou completamente.

Crescimento registrado em 2021

Apesar de ter passado por um período conturbado durante 2020, com o fechamento do comércio, hoje, a indústria do aço vive uma de suas melhores fases dos últimos anos. Ainda segundo dados do Instituto Aço Brasil, já é possível notar a melhora. Com as informações obtidas apenas entre os meses de janeiro e maio, já dá para identificar o crescimento do setor. Foram registradas a produção de 14,9 milhões de toneladas durante apenas cinco meses do ano de 2021. Isso é mais do que a metade produzida durante todo o ano de 2020, o que mostra que, até o fim do ano, a indústria do aço deve se superar. Esse crescimento, inclusive, já mostra que a produção de aço está em nível mais alto do que o período antes da pandemia. Alguns dos estados que mais conseguem se destacar nesse meio são Rio de Janeiro e Minas Gerais. Juntos, eles produziram mais de 57% de todo o aço do país, o que mostra a força da região sudeste nesse nicho do mercado brasileiro. São vários os motivos que acabaram colaborando com o crescimento do setor dentro do mercado, como a reabertura de vários setores que antes estavam estagnados, além, é claro, do avanço da vacinação, o que fez com que as produtoras de aço voltassem a funcionar. Porém, segundo Marco Polo, presidente do Instituto, outro fator também foi determinante para o crescimento na produção: a necessidade das empresas de fazerem estoques, para evitar que passem por novas dificuldades em breve. Por mais que o cenário mundial já esteja se estabilizando, muitas empresas, para não correrem riscos de enfrentar novas crises no futuro, estão tentando montar reservas de aço, para conseguirem lidar melhor com qualquer problema que surja a curto prazo. Além disso, se proteger da volatilidade do mercado, já que os preços ainda estão elevados, e podem aumentar ainda mais, é outro motivo para se fazer uma reserva. No fim, isso acaba sendo excelente para os produtores de aço do Brasil.

Nível de confiança na indústria do aço continua em alta

Por último, para termos um panorama melhor do que esperar da produção de aço durante o resto deste período conturbado, vamos analisar o Indicador de Confiança da Indústria do Aço (ICIA). Os dados apresentados são referentes ao mês de junho de 2021. No geral, a situação geral é confortável para o setor, afinal, como vimos, os níveis de produção estão em alta, e os compradores estão fazendo a economia rodar, mesmo que apenas para garantir o bom abastecimento de seus estoques. Dessa maneira, o nível de confiança atual está em 63,8 pontos, de 100 que podem ser conquistados. Comparando os números de junho e maio, é possível notar que aconteceu um recuo de aproximadamente 7,3 pontos de um mês para o outro. Apesar do recuo recente, os 63,8 pontos ainda mostram que um panorama favorável para o setor. Isso porque, seguindo esse indicativo, qualquer pontuação acima de 50 é considerada boa, e a indústria do aço está a quase 14 pontos dessa meta. No fim, podemos notar que, apesar do início conturbado, hoje, a produção de aço já está normalizada, e a previsão para o futuro é das melhores possíveis. Com o tempo, o setor deve conseguir se expandir ainda mais. Gostou do nosso conteúdo? Então não deixe de acessar o nosso site para conferir mais notícias atualizadas sobre o mercado.