Blog Açoplano

Sistemas de classificação dos aços estruturais

04/08/2017

O aço é a mais conhecida e importante liga metálica existente. Mais do que isso, é a liga mais versátil, produzida em grande variedade de tipos e formas para uso em diferentes aplicações. Se por um lado isso abre um horizonte de possibilidades, por outro torna necessária a organização dessa infinidade de opções.

Para isso, foram criados sistemas de classificação que visam a organização das especificações de cada aço estruturado. Esses sistemas não só são importantes para classificar os aços existentes, mas também para organizar tipos de aço que surgirão no futuro. Atualmente, existem mais de 3500 tipos de aço, mas o setor está em constante evolução e esse número tende a crescer. Os aços são agrupados de acordo com propriedades em comum. São elas:

composição (ex: aço-carbono)

processo de acabamento (ex: aço laminado a quente ou a frio)

formato do produto acabado (ex: barras e tubos)

Com base nesses grupos, são construídos os sistemas de classificação de aço. A ASTM (American Society for Testing Materials) é uma das classificações mais conhecidas. Ela considera a composição química dos aços como elemento principal da classificação. Ainda é utilizada no Brasil, principalmente quando surgem novos produtos no mercado que ainda não possuem uma norma brasileira.

A NBR é a classificação brasileira de normas técnicas do aço, baseada nas diretrizes da ASTM. É gerida pelo comitê CB-28, que é o encarregado em editar normas que atendam às demandas vigentes do mercado, garantindo sua atualização no que diz respeito às tecnologias e processos praticados no Brasil.

Existem ainda diversos sistemas utilizados pelo mundo, como o inglês (normas BS), francês (normas NF), alemão (normas DIN), italiano (normas UNI), japonês (normas JIS), entre outros. Os países europeus, após a criação da União Européia, passaram a contar também com o Comitê Europeu de Normalização para Aços e Ferros ( ECSIS –European Comitte for Iron and Steel Standartization), que visa padronizar em um só sistema as diretrizes para os produtos de aço do continente. Siglas à parte, diante de tantos sistemas, o mais importante é averiguar as equivalências entre as especificações nas transações entre diferentes países.